Limites e possibilidade da construção de “territórios de desenvolvimento” na Região Serrana do Rio de Janeiro

This article proposes to evaluate two inter-municipal projects involving family farmers in the social construction of territories of development. Our starting point is the hypothesis that the building of this territoriality is mediated by a political culture that imposes limits and conditions territorial dynamics. The municipality of Nova Friburgo has been taken as a point of reference for the mapping of projects and/or actions that mobilize multi-functional farmers located in other municipalities of the mountainous region of the state of Rio de Janeiro. Based on a rapid characterization of the development trajectory of the chosen universe and on the problematization of the category of territory, we seek to elucidate the way in which a constitutive trait of Brazilian society – patronage and clientelism – operates within the context of family farmers’ quest for territorial construction, as social actors and as the primary beneficiaries of the public policies that have been implemented in recent times Keywords: Sustainable territorial development, public policies, family farming, clientelism.http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2009v8n14p251O artigo propõe uma avaliação de dois projetos intermunicipais envolvendo agricultores familiares na construção social de territórios de desenvolvimento. Partiu-se da hipótese de que a construção dessa territorialidade é mediada por uma cultura política que imprime limites e condiciona as dinâmicas territoriais. O município de Nova Friburgo foi assumido como ponto de referência para o mapeamento de projetos e/ou ações mobilizando agricultores multifuncionais sediados em outras municipalidades da região serrana do Rio de Janeiro. Com base numa caracterização cursiva da trajetória de desenvolvimento do universo selecionado e na problematização da categoria de território, as autoras procuram elucidar de que maneira um traço constitutivo da sociedade brasileira – a patronagem e o clientelismo – opera na tentativa de construção territorial que tem os agricultores familiares como atores sociais e principais beneficiários das políticas públicas acionadas nos últimos tempos